A MADEIRA, ‘NÃO ATA NEM DESATA’!
Mais uma vez, o povo da Madeira
perdeu. Das eleições regionais de domingo, o quadro político ficou na mesma,
para pior. Ganhou quem não pode perder e perdeu quem não construiu para ganhar.
O povo madeirense, dificilmente se libertará do ‘voto cativo’, vítima do
despotismo atávico e dos meios de comunicação que inoculam a submissão. É
assim, à décadas.
É penoso assistir a esta
resistência ao desenvolvimento e bem-estar geral das populações madeirenses. Uma
‘casta’ desavinda do ‘jardinismo’, com tiques de extrema-direita, tomou conta
dos destinos da região e com mais escândalo menos escândalo, mais suspeita
menos suspeita, lá vai continuando a impedir que a região progrida e povo saia
do miserabilismo em que se encontra.
Segundo Alberto João Jardim, “O
madeirense tem um certo receio de votar, só muda pela certa”. Até poderia
ser isso, porém, o intrincado jogo de interesses público privados, arrasta
atrás de si uma falange de cidadãos dependentes que por si, seus familiares e
amigos, asseguram o ‘voto cativo’, moeda de troca em curso na região, para
qualquer eleição. Disso sabe bem, Alberto João Jardim, e os seus ‘delfins’,
ainda que desavindos, aprenderam a lição. O atual líder madeirense é o espelho
do imobilismo e do compadrio sem rebuços. Novamente indigitado, o cárcere à
democracia madeirense, continua ativo e a menos que haja um sobressalto cívico
o desenvolvimento da região continuará estagnado.