O invasor russo na Ucrânia, inaugurou a política de guetos nos territórios ocupados, através da emissão de salvo-condutos e passaportes, para as populações ucranianas, segregando-as completamente ante uma morte penosa, pela fome, pelas doenças e pelas deportações para territórios inabitados russos.
Mais de duas centenas de milhar de crianças, fazem parte do grupo de um milhão e duzentos mil ucranianos, que foram deportados à força para a Rússia, a maioria dos quais do leste da Ucrânia, através de “campos de filtragem” russos. Estes centros de detenção, ou filtragem, são uma réplica do que foi utilizado pelo Exército Soviético após a II Guerra Mundial, aquando da libertação de milhões de sobreviventes soviéticos dos campos de concentração nazi. Os militares soviéticos forçaram cerca de 5 milhões de pessoas ao repatriamento na União Soviética, tendo a maioria passado por esses campos de detenção criados pelos serviços secretos russos. Nesses locais, as pessoas foram submetidas a um processo muito rigoroso de filtragem, com interrogatórios que pretendiam perceber se os ex-prisioneiros estavam, de alguma forma, a seguir uma ideologia antissoviética. Mais de 300 mil prisioneiros foram para os gulag, campos de trabalhos forçados criados nos anos 30 que seriam o destino de qualquer pessoa que se opusesse ao regime na União Soviética.
É esta a mesma filosofia que está hoje presente, na Ucrânia, pelo invasor russo. A deportação forçada, com o objetivo de perda de identidade e a nacionalização da cidadania ucraniana. Aos que se mantém, um novo Holodomor ("matar pela fome"), está em curso, seja através da rejeição da ajuda de qualquer espécie, o confisco de todos os alimentos domésticos e a restrição do movimento das populações.
E aos separatistas ucranianos das autoproclamadas “república popular” de Donetsk e de Lugansk, a quem Vladimir Putin, em fevereiro de 2022, ofereceu pomposamente o reconhecimento político e diplomático, em sessão solene, com os dois homens de palha das ditas “repúblicas”, entretanto já com a nomeação já em junho do corrente, de um “comissário” politico russo, para governar a “república popular” de Donetsk, cargo entregue a Vitaly Khotsenko, que era supervisor da política industrial regional no Ministério da Indústria e Comércio da Rússia, oferece agora Putin, dizia, um cenário de destruição em massa nas cidades dessas “republicas”, com novo fluxo de refugiados, provocado pelos disparos de mísseis de cruzeiro, utilização de bombardeiros, morteiros e artilharia pesada, em ataques diários.
Putin e os separatistas, poderão orgulhar-se, a breve trecho, de serem líderes de “repúblicas populares” de “terra queimada” !
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