Clara Ferreira Alves (doravante CFA), num programa de tv onde participa todas as semanas, insurgia-se contra o facto de os banqueiros, delinquentes de colarinho branco, se encontrarem presos nas mesmas prisões onde se encontravam presos, delinquentes de colarinho azul, dizia ela, serial-killers. Isto não devia ser assim, segundo a CFA que, afirmou, sobre esta matéria tinha opiniões próprias.
Portanto, para CFA, as prisões
têm dois tipos de presos. Os de colarinho banco, os banqueiros, e os de
colarinho azul, os serial-killers. Traficantes, ladrões, violadores, burlões,
etc., etc., estão em nos hostels do Estado, pelos vistos. CFA, dá a
entender que os presos de colarinho branco, não são criminosos. São uma
espécie de vítimas dos crimes que cometem, coitados. Aliás, criminosos
mesmos, para CFA, são os serial-killers, ou seja, aqueles que matam em
série.
Pois CFA, nessa aceção, os
banqueiros criminosos, também são serial-killers, pois praticaram vários
crimes em série, vitimando uma quantidade enorme de pessoas. Este perfil dos
banqueiros criminosos fazem deles agentes conscientes dos seus atos. A vontade
em saciar os seus desejos de poder e dinheiro são maiores do que os sentimentos
de compaixão e pena pelas vítimas.
Tivesse CFA, algum sentimento de
compaixão e solidariedade pelas vítimas dos crimes praticados pelos banqueiros
criminosos, e nunca se lembraria de criar uma dicotomia entre criminosos de
colarinho branco e criminosos de colarinho azul. Todos são criminosos, e o seu
lugar é na prisão. E mais, dos casos nossos conhecidos cá e no estrangeiro, os
banqueiros criminosos, foram uns autênticos serial-killers, na
verdadeira aceção do termo, pois vitimaram milhares e milhares de pessoas, para
satisfazer o seu desejo insaciável de dinheiro e poder.
É lamentável que pessoas
complacentes com um certo tipo crime, estejam nas televisões, ostensivamente, a
demonstrar falta de respeito e consideração pelas vítimas. Isto não é liberdade
de expressão ou de opinião. Isto são provocações e ofensas aos direitos das
vítimas, algumas delas desaparecidas, por via dos crimes de colarinho branco.
Não existe uma Entidade
Reguladora para a Comunicação Social?
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