Em política, o pluralismo, é o reconhecimento de que vários partidos possuem igual direito ao exercício do poder político segundo procedimentos eleitorais claramente definidos. Desta forma, o pluralismo político é uma das mais importantes características da democracia moderna, na qual pequenos partidos políticos também são ouvidos e têm direito a voto.
Em Portugal, “Os partidos
políticos concorrem para a organização e para a expressão da vontade popular, no
respeito pelos princípios da independência nacional, da unidade do Estado e da
democracia política.” (art.º 10.º, n.º 2, da Constituição da República
Portuguesa)
Porém, o artigo 46.º, n.º 4, da
Constituição, proíbe explicitamente a criação de partidos de cariz racistas ou
que perfilhem a ideologia fascista. Não custa a perceber que assim seja, pois,
durante mais de 48 anos Portugal foi submetido a um regime totalitário de cariz
fascista.
Durante mais de 45 anos do regime
democrático, nascido com o 25 de abril de 1974, os portugueses, viveram em
saudável pluralismo, respeitador dos princípios fundamentais do Estado de
Direito Democrático, não se registando, por parte dos partidos políticos e dos
seus representantes, quaisquer desvios significativos a esses pilares
fundamentais.
Hoje, porém, a coisa é diferente, em
Portugal (e não só, claro!). “Nasceram” partidos de cariz racista e que
perfilham a ideologia fascista, travestidos numa extrema direita nacionalista, xenófoba
e antidemocrática. Hoje, o perigo é real. Os inimigos da democracia convivem
lado a lado com os defensores da democracia, fingem cumprir as regras, mas vão
minando o Estado de Direito e as suas instituições, dividem o povo, exploram as
suas fragilidades, poem uns contra os outros, as ditas “pessoas de bem” e os
outros, típico do pensamento fascista elitista, baseado na crença da
legitimidade do domínio de uma minoria supostamente superior sobre as massas
inferiores.
E o perigo é real, também, porque
grandes centrais do populismo mundial, liderados a partir dos EUA e com
ramificações na Europa, vão fornecendo os meios materiais e financeiros, para
disseminar por todos os países estas ideologias nacionalistas, xenófobas e
racistas, escolhendo em cada país os “homens de palha”, eunucos de pensamento
critico, para cumprirem essa tarefa.
Em Portugal, essa “larva” do
fascismo, foi recrutada nas fileiras de um partido do sistema democrático.
Perguntar-se-á, como é possível que uma “larva” do fascismo, entre dentro de um
partido democrático? A resposta é simples: Não entra, simplesmente nasceu lá
dentro!
Estas “larvas” do fascismo são
frequentemente difíceis de detetar devido à roupagem democrática que utilizam
para se misturarem com os restantes. E, assim, se mantém durante anos, como se
viu. Apoiados por essas centrais do fascismo internacional, essas “larvas” saem
do casulo, e espalham os seus “ovos” infetando o espetro político partidário
português.
Embora se saiba, que o regime
democrático não pode erradicar do seu seio pessoas ou partidos, declaradamente
de extrema direita antidemocrática, nem lhes vedar o acesso a cargos políticos,
a verdade é que o grau de atenção tem de ser redobrado, sempre que se
aproveitando das regras da democracia estas “larvas” do fascismo conseguem ser
eleitas para órgãos políticos, como acontece, efetivamente, hoje, em Portugal.
Quando assim é, devem soar as
campainhas de alarme, e os partidos democráticos bem com os órgãos de poder,
designadamente, o Presidente da República, enquanto garante do regular
funcionamento das instituições e a Assembleia da República, enquanto casa da
democracia, devem estar atentos aos inconvenientes causados por uma
participação antidemocrática no sistema, obrigando à sua contenção nos órgãos em
que participam e, sobretudo, impedindo-os e não aceitar a subversão dos princípios
e valores do regime democrático.
As “larvas” do fascismo, são o
principal perigo das democracias ocidentais.
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