domingo, 12 de julho de 2020

𝙀𝙨𝙩𝙖𝙢𝙤𝙨 𝙚𝙢 𝙟𝙪𝙡𝙝𝙤 𝙨𝙚𝙢 𝙚𝙨𝙩𝙖çõ𝙚𝙨 𝙙𝙤 𝙖𝙣𝙤, 𝙙𝙚𝙛𝙞𝙣𝙞𝙙𝙖s!


A pandemia do Covid-19 uniformizou o tempo e o modo. Desde o inico do ano, parece que o tempo parou no “tempo”. Tanto faz que seja inverno, primavera ou agora verão, tudo é igual. Todos sabemos que do frio passamos para o calor, mas não sabemos se este frio ou calor se deve à mudança de estação climatérica ou a um aumento dos fenómenos pandémicos que nos criam calafrios quando muito próximos de nós.
É arrasador este clima psicológico. De um momento para o outro, todos nos tornamos frágeis ante o Covid-19. Não há forma de reagir a esta pandemia. Se nos protegemos somos afetados, se desconfinamos somos afetados. Afinal o vírus não tem preferência. Sejamos ativos ou passivos o vírus apenas precisa que sejamos o elemento de transmissão, quer por ação quer por omissão. Este é o exemplo típico, de que pouco importa o que fazemos ou não fazemos. Chega estarmos vivos e aptos a transmitir. É claro que, como em tudo, se tivermos comportamentos que contrariam a propagação ela é mais difícil. Sem dúvidas. Porém, não é totalmente seguro.
O vírus não tem caráter. Atinge quem se puser a jeito. Mesmo que involuntariamente. Vejam o que se passa nos lares. É cobardia, convenhamos!...
Mas enfim, esta é a realidade com que temos de conviver e não vale a pena reclamar!...
Claro que ninguém, mesmo os mais acérrimos defensores da sua dissolução, discute as fragilidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), ante esta pandemia. Muitos lutaram pelo desinvestimento do SNS e até certo ponto conseguiram o seu objetivo e não tiveram até hoje a retribuição devida pelo vírus. Até nisto o vírus é cego.
É muito curioso (talvez não?) que nos inícios e picos da pandemia em Portugal, os hospitais privados fecharam a sua atividade deixando o encargo da pandemia totalmente ao serviço do SNS. Afinal, também na saúde, o objetivo dos privados é o lucro. O Covid-19, pela aparência, não dava lucro. Então é atividade do Estado, como é óbvio …
Hoje, os poderes públicos, muito centrados no drama da pandemia, deixam passar em claro os atentados e agressões que foram desferidos pelos inimigos do serviço nacional de saúde (SNS), que se passeiam diariamente pelos corredores da Assembleia da República ou de outros fóruns da democracia portuguesa.
Todos esperavam um “milagre” do vírus. Claro que milagres só em Fátima e em períodos precisos!
   


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