sexta-feira, 10 de abril de 2020

𝐀 𝐜𝐨𝐛𝐫𝐚𝐧ç𝐚 𝐝𝐞 𝐝𝐢𝐯𝐢𝐝𝐞𝐧𝐝𝐨𝐬, 𝐞𝐬𝐭á 𝐚 𝐜𝐡𝐞𝐠𝐚𝐫!


À medida que a epidemia vai sendo vencida e os portugueses se preparam, lentamente, para regressar à normalidade "pós-covid", já se começam a verificar inquietudes quer nos pasquins, que nunca o deixaram de o ser, quer nas oposições políticas ao governo quer, ainda, nos fazedores de opinião, avençados do sistema.
Todos, como diria Camões, "da lei da morte se vão libertando"...
Aqui e ali, vão minando o trabalho das autoridades de saúde e o governo, mantendo um clima de dúvida e desconfiança permanente, criando a ideia que se podia fazer muito mais e muito melhor. Será que se podia? Vamos admitir que sim, embora os exemplos do exterior nos façam duvidar disso.
A pandemia criou uma "paz podre" que não tarda a rebentar. Os "accionistas" do 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘣𝘦𝘭𝘪𝘤𝘩𝘮𝘦𝘯𝘵, preparam-se para reivindicar os seus dividendos. Porém, também aqui, as coisas mudaram. Esta "economia", já não produz dividendos. Famílias, empresas, economia e saúde estão devastadas. O sistema financeiro, já estava. A politica e os políticos que a fazem, terão que ter aprendido alguma coisa com esta crise de saúde pública cujo fim ainda não se conhece na sua absoluta extensão. Uma coisa é certa. Estamos mais pobres. Muito mais pobres. Por isso, não há lugar a dividendos. Há, sim, que investir a fundo na solidariedade, na cooperação, na entreajuda e na distribuição justa dos recursos por aqueles que deles mais necessitam.
Há dias, uma enfermeira de um hospital público, em fim de turno, em declarações à tv, contou o seu dia de trabalho extenuante no hospital. No final, a repórter pergunto-lhe quanto é que ela ganhava. Ela respondeu, "levo para casa, perto de € 650.".
Estes são os nossos "heróis", por preço injusto...

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