sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Aung San Suu Kyi. O “silêncio dos inocentes”

É totalmente inconcebível que uma líder que suportou mais de 15 anos de prisão domiciliária, que sempre foi tida como uma resistente ativista dos direitos humanos, prémio nobel da paz em 1991, pelo reconhecimento da “sua luta não-violenta pela democracia e pelos direitos humanos", hoje conselheira de Estado e tida como a verdadeira líder de Myanmar, se mostre silenciosamente incapaz de impedir a violência estatal e militar que se abateu contra a minoria muçulmana Rohingya e a acusação reiterada de verdadeiros crimes contra a humanidade e suspeição de genocídio no estado de Rakhine, no norte de Myanmar (antiga Birmânia) e depois de quase 150 mil membros da etnia terem fugido para o Bangladesh nas últimas duas semanas.
A resposta de Aung San Suu Kyi, a este verdadeiro crime estatal e militar, vem publicada na sua página do Facebook, em que culpou "terroristas" por "um enorme iceberg de desinformação", colocando-se ao nível dos ditadores mais cruéis da história.
Se o poder lhe causou esta transformação, não é mais digna do prémio nobel que lhe foi atribuído.

Por isso, deve-lhe ser retirado.

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