É totalmente inconcebível que uma
líder que suportou mais de 15 anos de prisão domiciliária, que sempre foi tida
como uma resistente ativista dos direitos humanos, prémio nobel da paz em 1991,
pelo reconhecimento da “sua luta não-violenta pela democracia e pelos direitos
humanos", hoje conselheira de Estado e tida como a verdadeira líder de
Myanmar, se mostre silenciosamente incapaz de impedir a violência estatal e
militar que se abateu contra a minoria muçulmana Rohingya e a acusação
reiterada de verdadeiros crimes contra a humanidade e suspeição de genocídio no
estado de Rakhine, no norte de Myanmar (antiga Birmânia) e depois de quase 150
mil membros da etnia terem fugido para o Bangladesh nas últimas duas semanas.
A resposta de Aung San Suu Kyi, a
este verdadeiro crime estatal e militar, vem publicada na sua página do
Facebook, em que culpou "terroristas"
por "um enorme iceberg de
desinformação", colocando-se ao nível dos ditadores mais cruéis da
história.
Se o poder lhe causou esta
transformação, não é mais digna do prémio nobel que lhe foi atribuído.
Por isso, deve-lhe ser retirado.
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