Morreu o comandante operacional do 25 de Abril de 1974.
Os representantes legítimos dos
poderes democráticos em Portugal, hoje, julho de 2021, tiveram um momento de
fraqueza, e não souberam honrar a memória de Otelo Saraiva de Carvalho e o
contributo ímpar, que ele deu, para a instauração do regime democrático em Portugal.
Os poderes instituídos, tiveram vergonha de decretar luto nacional, pelas ações
posteriores de Otelo Saraiva de Carvalho. A ele, não lhe perdoaram as fraquezas,
“mas a ele a Pátria deve a Liberdade e a Democracia. Esta é uma dívida que
nada nem ninguém pode recusar.” (ex-presidente da República Ramalho Eanes).
O presidente da República,
Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro
Rodrigues e o primeiro-ministro, António Costa, ao não decretar luto nacional,
pela morte de Otelo Saraiva de Carvalho, demonstram que não são depositários dignos
da democracia de abril. Governantes que pretendem apresentar-se como “puros” e
apenas glorificar os “puros”, são o embrião de uma democracia sem história e
sem futuro.
Um Mário Soares, um Vasco da Gama
Fernandes, um Henrique de Barros, um Jorge Sampaio, um Ramalho Eanes e tantos
outros, nunca permitiriam que a morte do comandante operacional do 25 de abril,
não fosse assinalado, pela Pátria, com luto nacional.
Mais um dia triste para Portugal …
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