terça-feira, 30 de agosto de 2016

Henrique Monteiro: “Prefiro a ‘chantagem’ da Europa à do PCP e BE”


Claro que este título para além de não trazer novidade nenhuma, pois são conhecidas as preferências politicas do seu autor, está a milhas de "o programa da troika é o nosso programa e queremos mesmo ir além dele", de Passos Coelho ou daquele outro de Paulo Portas que nos lembrava «ad nauseam» que «Portugal vive em "protetorado", com um ‘co-governo de credores’».

No fundo, todos espelham a mesma fraqueza. A submissão “aos de fora”. Foram formados e formatados, neste singular principio de que os de fora é que são bons. Os estrangeiros e agora os europeus da união. Estes sim, burocratas abstratos, autênticos “Aliens”, ‘chantagistas’ improvisados e croupiers da economia de casino. Estes é que são bons. Os nossos, designadamente, comunas e bloquistas, gente do Portugal infeliz, da pobreza, da miséria, dos bairros sem condição, dos funcionários, “gorduras do Estado”, dos médicos, enfermeiros, e pessoal auxiliar do SNS, da escola pública, autênticos ‘sorvedores’ dos cofres das benesses, dos subsídios e das recapitalizações dos bancos públicos ou privados, estes é de desconfiar porque “chantageiam” para eliminar as desigualdades e melhorar as condições para toda uma população que vive na base da pirâmide cada vez mais larga para que o vértice se mantenha opulento e desmesuradamente rico e ganancioso, de onde se soltam umas migalhas para os Henriques Monteiros deste país.

Viver em democracia custa. Mais custa quando muitos julgavam que a democracia era o ‘centrão’. Cresceram no ‘centrão’ e educaram os seus filhos no ‘centrão’. Sempre se habituaram a pôr de lado uma parcela da sociedade portuguesa, mesmo que esta parcela em muito tenha contribuído para esse afastamento.

O ‘centrão’ do BPN, do BPP, do BANIF, do BES, da PT, da ONEGOING, etc., etc., é que colocou Portugal a “viver acima das suas possibilidades”. Hoje, com a fatura, vemos que estas mentes pafiosas não param de “calcar”. Vimos isso no passado recente e continuamos assistir através dos “homens de palha” do ‘centrão’ que atarantados e ressabiados vão destilando o “veneno” político, próprio dos répteis acossados.  

Mas convínhamos, hoje, em que está assumido que os comunistas “não comem criancinhas” e os bloquistas não são as “brigadas revolucionárias”, era de esperar que aqueles democratas beneficiários da escola pública, autêntico ‘privilégio’ de um “Portugal a viver acima das suas possibilidades”, pudessem contribuir com uma informação informada, isenta e não preconceituosa, para que Portugal possa progredir e não seja objeto da caricatura sistemática de que internamente, o pior de Portugal são os portugueses (alguns, t’á visto!).

Henrique Monteiro, que a fingir já é Comendador, deve pensar que as dificuldades dos portugueses são também a fingir.

Pois não, a coisa é muito mais séria que isso!

     


segunda-feira, 29 de agosto de 2016

“Quem põe são as galinhas”!

À frase de Passos Coelho “Quem é que põe dinheiro num país dirigido por comunistas e bloquistas?”, há que responder com frontalidade, que “quem põe são as galinhas”. Ponto!

Esclarecido este ponto, outro segmento da frase merece igualmente atenção. Diz o autor o “… país dirigido por comunistas e bloquistas”. (sublinhado nosso)
Ora bem, nem o país é um veículo nem o PCP e o BE são maestros. Claro que poderíamos aligeirar a coisa e admitir estas metáforas. Porém, admitir tal é perigoso quando estamos perante uma personagem do ridículo, tipo “Conselheiro Acácio”, da atual cena política portuguesa, “homem de palha” dos interesses internacionais e funcionário da troika, de pompa balofa e postura pseudointelectual digno representante da convencionalidade e mediocridades da nossa direita mais retrógrada.
Por isso, se quer dirigir vá para a Carris …, por exemplo!...

E agora um bocadinho mais a sério. Quanto à interrogação formulada, isto é, “quem é que põe dinheiro…” num país governado pelo partido socialista com apoio parlamentar do PCP e do BE, respondem, por exemplo, os franceses que entre janeiro e março (de 2016), ultrapassaram os chineses e britânicos no número total de imóveis adquiridos em Portugal, com uma quota de 26%, mais 10 pontos percentuais que no ano anterior (ano PáF ou do “acaciano”). (Expresso online, 19-05-2016) Mais exemplos? “A nova plataforma de produção da Autoeuropa, um investimento de 677 milhões de euros, deverá permitir a produção de novos modelos da Volkswagen, a criação de 500 novos postos de trabalho e um aumento significativo das exportações.” (Expresso online, 17-03-2016) Outro exemplo: “Vem aí um mega investimento em energia solar e sem subsídios” (Expresso online, 27-08-2016). Por hoje chega.


Por amor de Deus deem qualquer coisa a ler ao homem. Mas que ele entenda…!